Sem dúvidas os impactos gerados pela pandemia do covid-19 nas produções de óleo e gás americanas serão presenciados por mais alguns anos. Apesar do setor ter tido uma leve recuperação recente o problema aparenta estar longe de um fim.

 

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São muitas as variáveis por trás da queda do consumo e produção de petróleo nos EUA. Basicamente, existe um custo por trás de toda produção, que pode ser mais ou menos caro dependendo da forma como é realizada a extração.

 

Em plantas offshore esse custo é altamente disparado devido às inúmeras complexidades que regem a operação. Por estarem localizadas em alto mar, as empresas tentam manter o mínimo possível de pessoas a bordo, visando uma economia em custos de logísticas e também minimizar os riscos aos operadores.

Oil rig in the ocean

Essas plantas normalmente são abastecidas através de helicópteros, e sua jornada de trabalho é caracterizada por quinzenas a bordo e quinzenas em terra.

 

Outro fator que encarece a produção são os custos atrelados a manutenção dessas estruturas gigantescas. É primordial que todo plano de manutenção seja seguido à risca. Um bom monitoramento e gerenciamento de integridade é sinônimo da garantia de uma operação sem acidentes e contínua, reduzindo custos.

 

Apesar disso tudo, o custo de produção de um barril de petróleo em uma instalação offshore é ainda muito mais elevado se comparado com as instalações onshore. O acesso facilitado por terra e menor complexidade da planta reduzem o custo de produção e tornam esse tipo de extração muito mais rentável.

Inshore oil pump

Entretanto, apesar de suas vantagens, as instalações onshore não são escaláveis como as offshore. O consumo de óleo e gás impulsiona uma demanda tão grande que esse tipo de operação não é capaz de suprir sozinha os estoques.

 

Tendo isso em vista, é possível entender os 03 pilares fundamentais que influenciam diretamente os preços e produção de petróleo. São eles: 

 

  • Custo de produção
  • Demanda de consumo
  • Estoque disponível

 

A pandemia foi responsável pela instabilidade desses 03 fatores. Com o distanciamento social a demanda de consumo despencou, o custo de produção subiu e os estoques inflaram. Uma combinação caótica que levou o setor a tomar medidas drásticas para contenção de uma crise iminente.

 

Entre essas medidas foram necessárias queimas de estoque para reduzir a oferta e controlar preços que despencavam. A queda desses preços foi responsável pela redução de produção em centenas de instalações. 

mand holding a red gas pump

A lógica funciona dessa forma: 

 

Se o custo de produção de um barril de petróleo é de 60 dólares e o preço de venda está em 66 dólares, não é rentável manter uma operação no seu potencial máximo. 

 

E foi justamente isso o que aconteceu, as empresas desistiram de explorar máxima produção para que a crise não se acentue ainda mais.

 

Passados longos meses de pandemia e uma certa volta à normalidade o consumo voltou a subir, mas os números nos mostram que a crise ainda está aqui e que o valor de venda do barril ainda está longe de se equilibrar junto aos números pré pandemia.

 

Embora os sinais de uma possível volta à normalidade aparecem timidamente, o setor de óleo e gás tem mais um duro desafio à sua frente.

 

O mundo caminha hoje para uma nova necessidade e que certamente vai ser uma pedra no sapato do setor. A necessidade de zerar as emissões de carbono em instalações industriais é uma meta traçada por muitos países que buscam zerar até 2050 todas as emissões.

 

Não é um objetivo simples, e que vem de frente a um setor que enfrenta crises ambientais há pelo menos 30 anos. Além dos poluentes emitidos em sua própria operação, a indústria de óleo e gás já protagonizou dezenas de acidentes e vazamentos que culminaram em resultados catastróficos para o meio ambiente.

 

Para que o setor se adapte ao novo panorama, primeiramente são necessários investimentos em tecnologia voltada para a redução de riscos e falhas nessa operação. Como foi mencionado anteriormente é necessário a adoção de tecnologias dentro da gestão de integridade de ativos para evitar desastres resultantes de falhas. 

fpso tanker vessel near oil rig platform

O segundo fator é a mudança de fonte de energia. O uso de energias de fontes não renováveis é outro ponto que vem atrasando o setor em sua jornada por uma operação net-zero.

 

Mas como exatamente estar de acordo com metas relacionadas a descarbonização influenciam o consumo e produção de óleo e gás?

 

Apesar da meta traçada para ser cumprida em 2050, governos e stakeholders já se posicionam em favor dessa necessidade. Isso significa que nos próximos anos os governos irão impor regulamentações e sanções cada vez mais pesadas sobre aqueles que não estiverem dispostos a contribuir com o planeta. Os stakeholders por outro lado também não se sentiram seguros em desembolsar aportes milionários a um setor que não tem um roadmap para uma estratégia net-zero.

 

Ao que tudo indica vivenciamos hoje apenas o início de uma longa jornada em direção a descarbonização e ao mesmo tempo que as indústrias possuem um grande desafio à sua frente, possuem grandes aliados para a sua execução.

 

A transformação digital é sinônimo de evolução. Graças a esse importante movimento nossas vidas foram revolucionadas graças ao emprego de tecnologia. A cada ano novas tecnologias surgem e conseguem solucionar os problemas do agora. É nesse movimento tecnológico que as indústrias devem jogar seus esforços e investimentos. É apenas com um verdadeiro DNA de transformação digital que o setor poderá novamente solucionar seus problemas sem sucumbir às crises e problemas do agora, e às que o futuro ainda reserva.

 

Oil rig in the oceanOs motivos da queda de produção de Óleo e Gás
operator among solar pannelsPor que as industrias devem mudar sua fonte de energia