Encontrar soluções para transição energética dentro de plantas industriais é uma necessidade que requer ações.
Essa necessidade é fruto da corrida em busca de operações industriais para que não emitam gases greenhouses, sendo complacentes com o que chamamos de estratégias ESG (Environmental – Social – Governance).
O assunto tem ganhado força nos últimos anos. Governos tentam facilitar o caminho para uma mudança de operação, com o objetivo de contenção dos avanços do aquecimento global e mudanças climáticas no planeta.
A redução de custos e mudanças de políticas sobre o assunto foi o ponto de início dessa longa jornada em favor da descarbonização. Segundo dados da CNBC mais de 25% da produção mundial de energia é proveniente de fontes renováveis. Entretanto, há ainda um longo desafio pela frente para que de fato as mudanças possam ser observadas.
O primeiro desafio é em relação à implementação de novas energias em diferentes biomas.
Cada país possui sua fonte de energia elétrica principal de acordo com suas principais características geográficas e também pelo seu consumo.
Implementar painéis solares em países em que não possuem potencial solar, por exemplo, talvez não seja a melhor alternativa para suprir a demanda global crescente de energia. Além dessas variáveis há também a dificuldade de implementação, são muitos os países que não possuem infraestrutura necessária para uma mudança repentina em sua fonte de energia e operação.
Além destas variáveis é necessário analisar a dificuldade e certa resistência na adoção de fontes renováveis em países líderes em extração de óleo e gás, como por exemplo a Arábia Saudita. E também a necessidade de desenvolvimento de formas de estoque dessas novas tecnologias para que possam ser de fato utilizadas em escala global.
Se por um lado existem dificuldades, por outro, o setor industrial busca por alternativas e tecnologias capazes de tornar a mudança energética em algo suscetível para indústrias ao redor do mundo.
A queda do preço de painéis solares é um exemplo de como a redução de custos pode ser um atrativo para essas indústrias. Além disso, também podemos citar a mudança de políticas recentes sobre o assunto.
Em 2021 as consequências das mudanças climáticas se tornam claras. Enchentes na Alemanha, incêndios no Canadá, e neve no Brasil são alguns dos fenômenos climáticos que vem despertando o senso de urgência por parte das principais governanças.
É preciso encontrar alternativas capazes de darem respostas imediatas mediante a esses grandes eventos climáticos. Por mais complexo que o assunto seja, a Indústria 4.0 e a transformação digital podem ser a resposta para estes difíceis desafios.
Conhecida mundialmente como o período no qual as indústrias começaram a se digitalizar, desenvolvendo e implementando novas tecnologias capazes de executar tarefas humanamente impossíveis, a Indústria 4.0 é sinônimo de evolução tecnológica e pode ser um importante aliado na corrida pela descarbonização.
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Por meio de dezenas de tecnologias hoje já é possível, por exemplo, armazenar energia proveniente de várias fontes de forma mais otimizada através de baterias à base de lithium.
A tendência é que nos próximos anos tenhamos desenvolvido tecnologias capazes de armazenar essa energia de forma escalável para que de fato as indústrias possam mudar suas energias, para fontes renováveis.